O Tio vasculho

O Tio vasculho

O Tio Vasculho varria, naturalmente. Nem mesmo podia fazer outra coisa porque nunca aprendera a ler nem a escrever.
Como no seu tempo as crianças não tinham obrigação de andar na escola, e o pai achava que ele lhe fazia mais falta para sachar as favas ou para guardar o milho da eira, o cachopito crescera sem saber distinguir um A de um B, mas nunca se tinha ralado muito com isso. Podia ter aprendido um ofício qualquer, é verdade. Mas, habituado a não ter sujeições, o rapaz sentia-se atabafado entre as quatro paredes da oficina, e volta não volta ia dar um giro pelos campos, o que trazia sempre como resultado ser despedido pelos patrões que lhe davam emprego.

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