Um barco cheio de clandestinos

Um barco cheio de clandestinos

O palco estava pronto, o público estava sentado.

— Esta peça vai ser assustadora.

— É sobre passageiros clandestinos.

— É sobre afogamentos.

— E ser comido pelos tubarões.

As crianças não se calavam.

— Não queremos ver — disseram a Milly e Molly.

A professora Adelaide levantou-se.

— Silêncio, por favor — disse, com firmeza.

Os meninos não paravam quietos. As meninas cochichavam. Então, a cortina subiu e fez-se silêncio. O comandante sentou-se à secretária.

— Traz os clandestinos, um a um — ordenou ele ao Imediato. — Vejamos o que sabem fazer para se sustentarem.

ler...