Bem alto num rochedo, por cima do mar resplandecente, o João encontrou um caminho por entre a erva alta, as borboletas e o tojo.
Segurou a mão do pai com força e ambos desceram a custo.
— Olha, pai — exclamou o João. — Uma praia!
Por entre os rochedos, viram a praia, que estava deserta, secreta e silenciosa. O João correu sobre as pedras quentes, as algas quebradiças e as ondas que lavavam a areia.
De repente, junto aos rochedos, viu uma caverna – escura, misteriosa, escondida.
Quem teria lá vivido? Quem viveria lá agora?
O cheiro escuro e húmido do mar fê-lo imaginar... Será que, outrora, os piratas escondiam ali
os tesouros, para depois regressarem aos navios e navegarem para longe?