A última palha

A última palha

Era mais uma longa tarde de Inverno, com toda a gente fechada em casa. E os quatro filhos dos McDonald estavam de novo a fazer o que era hábito — a discutir, a implicar uns com os outros, a lutar por causa dos brinquedos. Em momentos como aquele, a mãe chegava a crer que os filhos não gostavam uns dos outros, embora soubesse que não era verdade. Todos os irmãos e irmãs brigam, claro, mas ultimamente o seu irrequieto rancho estava a portar-se pessimamente, sobretudo Eric e Kelly, que tinham apenas um ano de diferença. Pareciam decididos a passar o Inverno inteiro a atormentar-se um ao outro.

— Dá-me isso. É meu!

— Não é, ó gorducho! Eu peguei primeiro!

A mãe suspirou quando ouviu a última discussão na sala de estar. Com o Natal dali a um mês, a casa dos McDonald parecia tristemente esvaziada do espírito natalício! Devia ser um tempo de partilha e amor, de sentimentos ternos e corações quentes. Um lar precisava de mais do que embrulhos bonitos ou luzes cintilantes na árvore, para se imbuir do espírito do Natal. Mas como é que uma mãe poderia convencer os filhos de que serem amáveis uns com os outros era a forma mais importante de se prepararem para o Nascimento?

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